MEDITAÇÃO
DA POBREZA AO PODER - JAMES ALLEN - יהוה YEHOWAH TSEVA'OT - יהוה IEHOUAH DOS EXÉRCITOS - O Caminho da Prosperidade e da Paz - Benaiah Cabral Ben Avraham Leiehouah The Liger Arevalo La Rosa Eliel.
Título mais apropriado:
DA POBREZA PARA O PODER -
A REALIZAÇÃO DA PROSPERIDADE E PAZ
O poder da meditação
A Meditação Espiritual é o caminho que conduz à Divindade; é a escada mística que da Terra se estende ao céu e pela qual do erro se chega à Verdade, da dor à Paz. Todos os santos a subiram; todo pecador há de chegar a ela, mais cedo ou mais tarde, e cada peregrino cansado que volta as costas a si próprio e ao mundo, dirigindo a sua face à Casa do Pai, há de pôr seus pés sobre os degraus de ouro dessa escada. Sem o auxílio dela, você não pode crescer ao estado divino, à semelhança e à paz divinas, e as glórias sempre esplêndidas e as impolutas alegrias da verdade lhe ficarão ocultas.
Meditação é a permanência intensa da mente sobre uma ideia ou um tema, com o fim de compreendê-lo perfeitamente, e o objeto sobre o que constantemente você medita, você não só o compreenderá, mas cada vez mais se assemelhará a ele, porque ele se incorporará no seu ser e, em realidade, vem a ser sua seidade, você mesmo. Por isso, se você se ocupa constantemente com o que é egoístico e vil, você será, por fim, egoísta e vil; se, porém, pensa incessantemente no que é puro e altruísta, com certeza puro e altruísta você será.
Diga-me em que você pensa o mais frequente e mais intensamente, para o que sua alma se dirige por si mesma nas suas horas silenciosas, eu lhe direi se você caminha para um lugar de dor ou de paz, e se você cresce semelhante ao que é divino ou bestial.
Há uma tendência inevitável de nos tornarmos a encarnação ou incorporação daquela qualidade sobre a qual pensamos com a maior constância. Escolha, pois, para o objeto de sua meditação aquilo que é elevado, e não o que é baixo, para que a tal objeto você se eleve a todo instante e se indentifique com ele; procure ser puro e livre de toda mistura de qualquer elemento egoístico; dessa maneira o seu coração será purificado e se aproximará da Verdade, não correndo o perigo de se corromper e ser arrastado ao erro.
A meditação, no sentido espiritual a que me refiro, é o segredo de todo crescimento na vida espiritual e no verdadeiro saber. Todos os profetas, sábios e salvadores vieram a sê-lo pelo poder da meditação. Buda meditou sobre a Verdade, até que pôde dizer: "Eu sou a Verdade"; Jesus meditou sobre a imanência divina, até que, enfim, pôde declarar: "Eu e meu Pai somos Um".
A meditação concentrada nas realidades divinas é a verdadeira essência e alma da prece. Nela, a alma se estende silenciosamente ao Eterno. Uma mera prece de súplica, sem meditação, é um corpo sem alma e impotente para elevar a mente e o coração acima do pecado e da aflição. Se você ora diariamente por sabedoria, paz, maior pureza e melhor conhecimento da Verdade, e aquilo pelo que ora ainda está longe de você, isto significa que você está pedindo uma coisa, enquanto seus pensamentos e ações estão vivendo em outra. Se quiser sair dessas más condições, retirando sua mente dessas, coisas, cuja atração egoísta o impede de obter as valiosas realidades que vocês pede: se não rogar mais a Deus que lhe conceda o que não merece ou que lhe mostre o amor e a compaixão que você nega aos outros, mas começar a pensar e agir no espírito da Verdade, cada dia mais você se aproximará daquelas realidades, até que, enfim, com elas se identificará.
Quem quer garantir-se uma vantagem mudana, precisa estar disposto a trabalhar por ela vigorosamente.; e será, com efeito, tolo quem a espera de braços cruzados, pensando que a vantagem desejada lhe virá somente ao seu mero pedido. Não imagine, portanto, em vão, que você pode obter posses celestes sem fazer por elas alguns esforços. Só quando começar a trabalhar seriamente no Reino da Verdade é que você será admitido a participar do Pão da Vida, e quando tiver merecido, com seu esforço paciente e sereno, o prêmio espiritual que deseja obter, lhe será dado, e ninguém poderá tirá-lo de você.
Se você realmente busca a Verdade e não só o seu próprio agrado; se a ama mais so que todos os prazeres e aquisições mundanas, mais até do que a felicidade mesma, você estará disposto a fazer os esforços necessários para obtê-la.
Se você deseja ver-se livre do pecado e da aflição; se deseja gozar aquela pureza sem mancha, pela qual você anseia e ora; se quer entrar na posse da paz profunda e duradoura, venha agora e entre na senda da meditação, e o mais elevado objeto para a sua meditação deve ser a Verdade.
A meditação nunca deve ser confundida com uma vá quimera ou vagueação. A verdadeira meditação não tem nada de comum com o sonho, nem com o cismar, e não é ato impraticável. Ela é um processo do pensamento que procura seriamente e não deixa persistir, na mente, senão a verdade nua e pura. Meditando assim, você se fortalecerá em seus preceitos, mas, esquecendo-se a si mesmo, você só se lembrará de que procura a verdade. E assim você removerá, um por um, os erros que você construiu à sua volta no passado, pacientemente aguardará a revelação da Verdade, que virá quando seus erros estiverem suficientemente removidos na silenciosa humildade do seu coração, e saberá, então, que:
Em todos nós há um íntimo centro
Onde a Verdade reside; ao redor
Há grossos muros carnais que a ocultam;
O véu material obscurecendo
Essa perfeita, clara percepção
Que é a Verdade, gera os errros todos;
Quem quer conhecer a realidade,
Deve abrir a porta ao esplendor interno,
E não supor que a luz lhe possa vir
Do mundo externo.
Escolha algum período do dia para suas meditações, e consagre este tempo para o seu fim. A melhor hora é a madrugada ou de manhã bem cedo, quando o espírito de repouso está em todas as coisas. Neste momento, todas as condições naturais lhe serão favoráveis; as paixões, tendo sido adormecidas durante a noite, não o perturbarão; os excitamentos e aflições do dia anterior estão apagados, e a mente, estando vigorosa e descansada, será receptiva à instrução espiritual. Naturalmente, um dos primeiros esforços que você terá de fazer é sacudir toda letargia e indulgência, e, se não quiser fazê-lo, não poderá se adiantar, porque as indulgências do espírito se impõe com um tom imperativo.
Para estar acordado espiritualmente é necessário estar acordado também mental e fisicamente. O vadio e o preguiçoso não chegam a conhecer a Verdade.
Quem, sendo forte e sadio, desperdiça as calmas e preciosas horas do silêncio matutino em sonolenta preguiça, é totalmente incapaz de subir às alturas celestes.
O homem, cuja consciência desperta e se abre às suas sublimes possibilidades e que começa a sacudir o sono da escura ignorância que abraçou o mundo, levanta-se ainda antes que as estrelas se retirem da sua vigília, e, lutando com a escuridão de sua alma, esforça-se, por santa aspiração, para penetrar a luz da Verdade, enquanto o mundo, ainda não despertado, continua sonhando.
Não foi num voo rápido que os grandes
Homens a grande altura se elevaram;
Mas foi porque, enquanto os outros dormiam,
Eles vigiaram e se adiantaram.
Não houve sábio nem santo, não houve instrutor da Verdade que não se levantasse de manhã cedo. Jesus costumava lecantar-se bem cedo, e subia às montanhas solitárias, para fazer a sua santa comunhão. Buda levantava-se uma hora antes do nascer do Sol e entregava-se à meditação, e todos os seus discípulo faziam o mesmo.
Se você precisa começar os seus trabalhos diários muito cedo e, por isso, está impossibilitado de dedicar as horas matutinas a uma meditação sistemática, faça-o à noite; e se também isso lhe for impossível, devido ao cansaço que o trabalho, excessivo, prolongado e pesado produz em você, não se desespere, porque você pode elevar os seus pensamentos em santa meditação nos intervalos do seu trabalho ou naqueles poucos minutos de descanso que atualmente você desperdiça; e se o seu trabalho é daqueles que, com a prática, se tornam automáticos, você pode meditar enquanto trabalha.
Jacob Boheme, o eminente santo e filósofo cristão, chegou ao seu vasto conhecimento das coisas divinas durante as longas horas em que trabalhava como sapateiro.
Cada pessoa encontra, em sua vida, o tempo para pensar, e o homem mais atarefado, o mais ocupado, o mais trabalhador não é excluído da aspiração e meditação.
A meditação espiritual e a autodisciplina são inseparáveis; você deve, pois, começar a meditar sobre você mesmo, quando quiser conhecer-se; e não se esqueça disto: que o grande alvo que você tem em vista é a libertação de todos os seus erros, condição indispensável para conhecer a Verdade. Você deve começar a cogitar sobre seus motivos, pensamentos e atos, comparando-os com o seu ideal e esforçando-se para olhá-los calma e imparcialmente.
Dessa maneira você ganhará cada vez mais equilíbrio mental e espiritual, sem o qual os homens não são mais que palha abondonada ao oceano da vida. Se você tem inclinação a se irritar e a odiar, deverá meditar sobre a brandura e a bondade, para assim sentir, vivamente, como é áspera e insensata a sua conduta.
Aplicando este conhecimento a todo seu pensamento, palavra e ato, você se tornará cada vez mais brando, mais agradável e mais divino. E assim se dá com todo erro, todo desejo egoísta, toda fraqueza humana; são vencidos pelo poder da meditação, e todas as vezes que foi extirpado um pecado ou um erro, uma medida mais cheia e mais clara da Luz da Verdade ilumina a alma peregrina.
Assim meditando, você fortalecerá incessantemente para combater o seu único inimigo real, o seu "eu" egoísta, e cada vez mais firme será a sua união com o seu "Eu" divino e imperecível, que é inseparável da Verdade. O resultado direto das suas meditações será uma calma força espiritual, que o refrigerará e o animará na luta pela vida, servindo-lhe, ao mesmo tempo, de asilo e recreio. Grande é o poder vencedor de um pensamento santo, e a força e o saber ganhos na hora da silenciosa meditação enriquecem a alma com uma lembrança salvadora na hora da luta, aflição ou tentação.
À medida que, pela força da meditação, aumentar o seu saber, você abandonará, cada vez mais, os seus desejos egoístas, que são inconstantes, impermanentes e produzem dor e aflições; e cada vez mais você firmará os seus pés, com fé inabalável, sobre princípios imutáveis, e gozará a paz celeste.
O uso da meditação é a aquisição de um conhecimento dos princípios eternos e o poder que resulta da meditação e a capacidade de basear-se e confiar nestes princípios, e assim se tornar uno com o Eterno. O fim da meditação é, pois, o conhecimento direto da Verdade, de Deus, e a realização da paz divina e profunda.
As suas meditações devem ter o princípio nas bases éticas que agora você possui. Lembre-se de que o seu conhecimento da Verdade há de crescer com firme perseverança.
Se você é cristão ou ortodoxo, medite incessantemente sobre a imaculada pureza e divina excelência do caráter de Jesus e aplique todos os seus preceitos à sua vida interior e à sua conduta externa, para se aproximar, cada vez mais, da sua perfeição.
Não seja como aqueles religiosos que, recusando-se a meditar sobre a Lei da Verdade e pôr en prática os preceitos que lhes foram dados pelo Mestre, se contentam com um culto formal, com a conservação dos seus credos particulares e continuam a passar pelo círculo incessante do pecado e do sofrimento. Esforce-se por elevar-se, pela força da meditação, acima de todo o apego a deuses parciais ou credos partidários, acima das mortas formalidades e da ignorância.
Caminhando assim pelas altas sendas sabedoria, com a mente fixa na Verdade imaculada, você não parará até alcançar o perfeito conhecimento da Verdade.
Quem medita seriamente percebe a Verdade, primeiro como se estivesse longe dela, e, depois, a realiza pela prática diária.
Somente aquele que pratica a palavra da Verdade chega a conhecer a sua doutrina, porque, ainda que a verdade seja percebida por um pensamento puro, é somente pela prática que se torna demonstrável.
O divino Gautama Buda disse: "Quem se entrega à vaidade e não se entrega à meditação, esquecendo o verdadeiro objetivo da vida e procurando somente prazeres, um dia invejará aquele que se exercitou em meditação".
Buda ensinou a seus discípulos as seguintes grandes Meditações:
"A primeira é a meditação do amor, em que você deve emitir, do seu coração, os pensamentos e votos pela felicidade e bem-estar de todos os seres, incluindo os seus inimigos.
"A segunda é a meditação da compaixão, em que você pensa em todos os seres que sofrem, representando-se, em sua imaginação, as suas aflições e angústias, de tal maneira que sua alma sinta por eles uma profunda compaixão.
"A terceira é a meditação da alegria, em que você pensa na prosperidade dos outros e se regozija com os seus regozijos.
"A quarta é a meditação sobre a impureza, em que você considera as más consequências da corrupção, do pecado e das doenças. Como, às vezes, é trivial o prazer do momento e como são fatais as suas consequências!
"A quinta é a meditação sobre a serenidade, em que você se eleva acima do amor e ódio, da tirania e da opressão, da abundância e falta, e olha o seu próprio destino com calma imparcial e perfeita tranquilidade."
Praticando estas meditações, os discípulos de Buda chegaram ao conhecimento da Verdade. Não importa, porém, se você pratica ou não estas meditações particulares, uma vez que seu objetivo seja a Verdade e você tenha fome e sede daquela retidão que consiste num coração puro e numa vida santa. Faça, pois, com que, em suas meditações, o seu coração se encha e se expanda com amor cada vez mais extenso, até que, livre de todo ódio, paixão e condenação, você abrace o universo inteiro com a sua branda simpatia. Como a flor abre as suas pétalas para receber o sol da manhã, abra a sua alma, mais e mais, à gloriosa Luz da Verdade. Eleve-se nas asas da aspiração; seja impávido e creia nas mais sublimes possibilidades. Creia que é possível uma vida de absoluta brandura; que é possível uma vida de imaculada pureza; que é possível uma vida de perfeita santidade; que é possível o conhecimento da mais alta verdade. Quem assim crê, sobe rapidamente aos montes celestes, ao passo que os descrentes continuam a andar às apalpadelas nas trevas e sofrimentos dos vales nebulosos.
Se você acreditar nisso, assim aspirar e assim meditar, você obterá experiências espirituais divinamente suaves e lindas, e gloriosas revelações encantarão a sua vista interna. À medida que realizar o divino Amor, a divina Justiça, a divina Pureza, a Perfeita Lei do Bem, a Lei de Deus, grande será a sua felicidade e profunda a sua paz. Coisas velhas desaparecerão e tudo será renovado. O véu do universo material, tão denso e impenetrável à vista do erro, tão fino e vaporoso aos olhos da Verdade, será levantado e o universo espiritual será revelado. O tempo cessará e você viverá só na Eternidade. A mudança e a mortalidade não lhe causarão mais medo e cuidados, porque você residirá no Imutável e viverá no coração da Imortalidade.
DEDICADO ESPECIALMENTE A ESTE AMIGO RECÉM CONHECIDO, JUDEU MESSIÂNICO E SIONISTA POR IEHOUAH TSEVA'OT ELOHEINU: